segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

reminiscências.

Dias incertos, pessoas inversas dos versos
d’onde procurei escrever, desenhar ou até arriscar cantorias,
acreditando sempre no amanhã certo entre os dias errados.

As músicas faziam sentido em algum momento, porém, como num sopro frio,

levado a lugares desconhecidos,
onde nem meus sonhos mais sórdidos ou pesadelos mais alegres poderiam me levar.

Logo que me encontrar, saberei por onde andou meus passos.

Voltar, trocar e trancar fechaduras das portas e janelas
que foram deixadas abertas sem sentido hoje,

provavelmente ontem à espera de alguém, no qual, não deixaria as chaves em um pequeno vaso de camélias ao lado da porta.

Com infinitas cores, repintar aquela parede onde descrevia algumas juras de amor,

sendo quase certo que deveria ser de antigos moradores, ou cenário de algum curta estrangeiro, onde insistem em estórias neste sentido.

Em mentiras que sempre existiu, entre verdades que nunca houve,

Vi que a felicidade antes eterna, não passa de prazeres momentâneos,

ou um estado de espírito de um dia de primavera ou outono.
Apenas flores secas, antes coloridas.

Dias mudam. Pessoas passam.

sábado, 19 de janeiro de 2008

outras luas.

O que vai te interessar o amanhã, se é “boa lua”,

antes que o amanhã venha, venha ao balanço,
Sentir essa inocência de voltar a ser criança, balançar sem acordar de um sonho ou medo de existir,
Desenhando a presente noite na parede com um giz.

Alguns anos, outros meses, algumas horas a brincar,
Brincar de sonho real, casa verde, inverno e violão,
guerras de travesseiros em cima do colchão.
Todos a brincar no quintal, com o mesmo violão nas mãos
desenhando frases pra te ganhar.

Pêras ou melancias?

Teus segredos, meus segredos, nossos sonhos
Cada palavra/momento no movimento do balanço,
Porque estivemos sim!, entrelinhas, Carolina.
Mas não a olhei hoje, o telefone não me chama.
Parece que vai amanhecer, mas obrigado pela lua.
Felicidade eterna, totalmente momentânea,
(...)meu limite. Uma esperança.
Outras luas

ps: um dia pela manhã.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

ex saudades minhas.

(...) Nunca mais haverá amor como esse?
otimo, porque o novo é tão imenso que seria
um desperdício se algo se repetisse.
Mas todo mundo passa. E é bom que seja assim.
Ailin Aleixo


Do último beijo q não aconteceu,
do jantar romântico q não tivemos,
do café na cama que nunca houve.
Sentirei saudades.
Do acampamento planejado,
dos gritos no parque de diversões que foram sufocados,
do sumiço planejado para praia por 3 dias.
Sentirei saudades.
Das festas que não fomos juntos,
do jantar que não preparei pra vc,
das sonhos que não realizamos.

Saudades da serenata q não fiz,
dos banhos de chuva que não tomamos,
do beijo na chuva...que não aconteceu.
Saudades de pegar no sono com seu carinho,
das surpresas que não presenciei.
Saudades dos segredos que não compartilhamos.
Ah, como sentirei saudades...
dos beijos estalados no ouvido,
das 'mordidinhas' no nariz, e da irritação que isso te trazia.

Saudades das gargalhadas pelas pérolas faladas,
dos nossos encontros na madrugada,
das noites com sono ao seu lado,
Sentirei saudades de quando você me olhava e fazia biquinho de beijo,
da boa sensação quando você dizia que eu era quem você realmente quis.
Saudades de saber que longe ou perto tinha você ao meu lado.
...E depois de um dia cansado e estressante, poderia ouvir sua voz... que me acalmava.
Sentirei saudades dos seus beijos nas minhas mãos, ou relembrar suas mensagens...
De me sentir cuidado e amado por alguns eternos e momentaneos dias...
de ser criança e homem...
De falar bobagens e/ou conversar sério...
se perder entre ruas e rodar horas ao seu lado (e da mamãe), e nunca encontrar a Av.Rebouças...

É, sentiria mais saudades,
se fossem os dias que procurei esquecer.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

reTrospecto Futura.

Educados no mesmo castelo. Suas bochechas rosadas do sol, minha camiseta Suada do futebol. Você nascida para rainha, eu, plebeu.
...Descompassado batimento cardíaco; olhos, ouvidos, mãos suando frio, Na boca vários sabores.

Um garoto em um labirinto de sensações, captadas do mundo de ruídos, sons, imagens, pensamentos, e sem traduzir, surge a cartinha, desenhada com as primeiras letras de mão.

Contracenamos, dançamos juntos. Dancei contigo graças ao professor que acreditava nos sonhos do menino. Cada passo, cada gesto, mãos suadas, garganta apertada, e na barriga, borboletas coloridas.

Certo dia ou dia errado, abriram-se às portas daquele castelo, os ventos nos levaram com o tempo, mas o espaço tornou-se o mesmo.

Quantos outonos se passaram?
Quantas luas se deitaram?
Quantos “dia do índio” cantei palmas?

O amanhã busca no passado o futuro que talvez seja certo pelo destino, ou até descritos por nos mesmos...Mas não vou me espantar caso seja os dois.
Complexidade ter sentido saudades de algo que nunca houve. Na inocência se criou, cultivando uma erva-daninha chamada timidez, num lugar onde só me foi permitido olhar por um tempo, mas tê-la em pensamentos, sempre.
Os dias se passam, vários mundos conquistados, porém dos sonhos de menino nada se desbotou.

Espero que as pedras sejam suficientes, pois as jogarei em sua janela, na sorte de reencontrar o que nunca se perdeu com a distância, nem mesmo com os dias. Isso não terminará no fim, a felicidade será o começo, sempre.

...Com a navegação te encontrei, voltei às lembranças. Agora estarei esperando no cais os barcos de papel que fiz com as cartas que nunca tive a simples coragem de entregar.


ps: Um dia qualquer. Com ela no outro lado da linha.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

cronografia.

Quem sabe você, que não vejo entre espelhos, me ensine

acreditar no mistério que traz o sol no inverno, flores no outono,

onde a primavera perde suas cores,

e um suave frio no verão, a inverdade de cada estação.

Há um poluível silêncio me assustando trazendo paz,

saudades do amanhã, ante medo do ontem.

Acredito no seu sorriso misterioso, de quem nunca diz tudo,

que me faz esquecer os dias fingidos do calendário,

e o melhor jeito para te conhecer, é fazer o contrario.

Ver meus dias no caleidoscópio, entre um lindo dia gris,

correr dos dias futuros, antes que a lua mude o seu lugar.

Encontrar em teus olhos o que invento,

pois o que não vejo, não existe.

Esqueço dos sonhos que não sonhei dormindo,

e escrevo o retrospecto futuro dos nossos sonhos perfeitos,

e sempre lembrar do presente;

Ponto na qual poderemos tocar a eternidade.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

feliz vida.

Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.

Francisco Octaviano


Como sempre, houve contagem regressiva.

Aquela interação entre pessoas, sorrisos largos, abraços apertados, uma noite que parece mágica, pessoas que nunca se falavam se abraçam e brindam um feliz ano novo, onde o branco é predominante, trazendo uma certeza que depois da zero hora, tudo é transformado e será diferente...

E assim comemoramos. Entre brindes e futuras promessas e grandes planos...

É engraçado como essa mágica que o ano futuro traz.

Se repararmos na verdade, tudo continua a mesma coisa, porém, parece que podemos começar do zero, tudo novo...

Parece tudo novo, pois fomos ensinados a fragmentar a vida, entre anos e meses, semanas e dias, horas e minutos...Dando uma absurda impressão que a vida respeita esse tempo inventado pelo homem. Tolice.

A cada segundo/momento podemos viver esse novo, a virada do ano não nos permite esquecer o que foi feito outrora. Os anos que passaram não determina o que foi vivido na verdade,

Se um homem consegue chegar aos 100 anos, não interessa como chegou, mas como viveu, sendo assim, o que ele fez da vida, e não o que a vida fez dele.

Entre muitas coisas:

Não ganhará na mega-sena (será que é porque não joga?... enfim);

Um dia estará alegre, outros mais ainda;

Os preços sempre não serão agradáveis;

Pegará trânsito; mas poderá conhecer a pessoa da sua vida pelo caminho;

Continue insistir em contar para todos aquela história de um amor que ainda ira existir;

Lembre-se das cartas de amor, e esqueça os extratos bancários;

Dance e cante, mesmo em embaixo do chuveiro;

Leia, nem que seja outdoors;

Assista filmes;

Suba em árvores;

Chore. (às vezes te fará bem);

Ensaie na frente do espelho o que dirá para ela(e);

Abra sua gaveta com a mão esquerda; ou vice-versa;

Ande do outro lado da rua; você ira ver sua casa diferente;

Lembre-se dos abraços, e esqueça os outros tipos de abraços. Se conseguir, me conte.

Escreva cartas, mas não esqueça de entregá-las;

Plante uma árvore. Escreva um livro. Tenha um filho. (Ok! Não precisa ser nesta ordem, e nem se limite em fazer um de cada.);

Aprenda outras línguas;

Deite-se na grama;

Ande descalço pela casa, ou se preferir de meias nos pés;

Esqueça o dia 8, viva primeiro o dia 7;

Ou melhor, esqueça os dias, viva o momento.

E feliz vida de viver.